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REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Fabíola Gadelha em seu último trabalho relevante para o Jornalismo, o Balanço Geral dos sábados, em 2021
Aposta do Jornalismo da Record nos últimos dez anos, Fabíola Gadelha foi demitida na última sexta-feira (13). Formada como repórter policial em Manaus, ela ganhou projeção nacional em 2013, graças à sua interação com Marcelo Rezende (1951-2017), que a apelidou de Rabo de Arraia, mas perdeu força após a morte do mentor, em setembro de 2017.
Na Record, Fabíola era considerada uma profissional que custava caro e não estava mais rendendo o esperado, principalmente para o departamento de Jornalismo, que bancava seu salário. Nos últimos anos, ela se dedicou mais ao entretenimento, mas não ou de colaboradora de outras atrações, como o Hora do Faro.
Fabíola conta que a história não é bem assim. Diz não ter sido demitida, mas que fez um acordo com a Record para ser dispensada e assim receber indenização trabalhista, já que tinha carteira assinada havia quase cinco anos. O Notícias da TV apurou que a iniciativa de "negociação" partiu da Record.
A jornalista comemora o fato de não ter mais vínculo trabalhista com a emissora (ela continua com contrato com a Record Entretenimento, onde participa de podcasts e projetos eventuais). Agora ela poderá ganhar mais dinheiro com outros trabalhos e como influencer --tem 3,6 milhões de seguidores no Instagram.
"Desde o ano ado venho analisando e concluí que não dava mais [para continuar] na Record. Tive uma conversa e a gente entrou num acordo [de demissão]. Falei que não interessava mais [ter contrato fixo, como celetista]. No momento, pra mim é melhor não ter contrato de exclusividade com a Record", disse Fabíola ao Notícias da TV.
Nos últimos dois anos recebi várias propostas de trabalho e não pude aceitar. Na Record não podia fazer YouTube, não podia fazer publi no Instagram. Hoje não dá mais pra viver só de TV. A gente também é influencer.
Recentemente, Fabíola contratou um empresário para cuidar de sua carreira e fazer um levantamento de quanto ela estava perdendo ficando presa à Record. O empresário mostrou que ela poderia ganhar em um dia de gravação ou com um post em redes sociais o que recebia em um mês na TV.
Apesar da aposta em seu lado influencer, as redes sociais não são o plano A de Fabíola. Sua prioridade continua sendo o vídeo. Ela afirma que tem vários projetos engatilhados e que um deles, daqui a três meses, é na própria Record.
A jornalista concorda que estava sendo subaproveitada na rede de Edir Macedo, que a por um processo de enxugamento de custos. "Tenho muita gratidão pela Record, mas queria participar mais, fazer mais, porque tenho mais a entregar", lamenta.
Fabíola foi contratada pela Record em 2014, após se destacar como repórter policial em Manaus, o que lhe rendeu ameaças de morte, como mostra a série documental Bandidos na TV (2019), da Netflix. No início, foi repórter durante a semana e comandava o Cidade Alerta aos sábados.
A ideia da Record era transformá-la em apresentadora de telejornal policial, mas o retorno de Luiz Bacci à emissora, após breve agem pela Band, colocou Fabíola em segundo plano.
Após a morte de Marcelo Rezende, Rabo de Arraia pendeu cada vez mais para o entretenimento. Ela continuou atrelada e produzindo para o Jornalismo, mas gostava mesmo era de fazer reality show (Troca de Família, A Fazenda) e participar de programas de auditório da casa. Queria distância de criminosos.
"Quando vi que estava sendo direcionada para isso [entretenimento], eu gostei, me encontrei", confessa. "É um ciclo que se encerrou, outro que começa e vida que segue", finaliza.
Cinco horas após a publicação da matéria, a jornalista divulgou um texto para comunicar sua saída da Record. Confira:
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