SUCESSO
Alisson Louback/Netflix
Rômulo Braga e Maeve Jinkings na série DNA do Crime; produção brasileira mais vista na Netflix
A Netflix revelou nesta quinta-feira (23) a audiência de quase todos os conteúdos que disponibiliza em seu catálogo mundial. São mais de 6 mil séries e 9 mil filmes, com os dados do segundo semestre do ano ado --os de janeiro a junho de 2023 tinham sido divulgados em dezembro. Entre as produções brasileiras, a surpresa ficou por conta da atração policial DNA do Crime, que superou o fenômeno Chiquititas (2013).
De acordo com os dados da própria plataforma, a série idealizada por Heitor Dhalia e protagonizada por Maeve Jinkings, Rômulo Braga e Thomás Aquino conseguiu 153,3 milhões de horas assistidas --e ela foi lançada no meio de novembro; ou seja, teve apenas um mês e meio para somar tempo de tela.
Considerando todas as séries no semestre, a atração brasileira foi a 41ª mais vista no período. A campeã em horas assistidas foi a sul-coreana Sorriso Real (630,2 milhões). Se considerados o número de contas que assistiu às séries completas (novo critério de público adotado pela Netflix), o primeiro lugar ficou com a adaptação live-action de One Piece (71,6 milhões de clientes).
A repercussão foi tão boa que, no início de dezembro, antes mesmo de completar um mês na plataforma, DNA do Crime foi renovada para a segunda temporada. A Netflix não economizou no projeto: internamente, comenta-se que é uma das séries mais caras da história do streaming no Brasil. A empresa não divulgou quanto investiu em sua primeira ação policial investigativa.
Para se ter uma ideia do sucesso da série policial, ela teve mais público do que hits mundiais como a sétima temporada de Elite (108,4 milhões de horas), o quarto ano de Stranger Things (97,1 milhões de horas) e a sexta leva de episódios da antologia Black Mirror (87,9 milhões de horas).
Os outros produtos originais da Netflix Brasil no segundo semestre não foram tão bem quanto DNA do Crime. O quarto ano de Sintonia e o segundo da teen De Volta aos 15, ambos lançados em julho, teve 73 milhões e 21,7 milhões de horas, respectivamente. As duas foram renovadas para temporadas finais.
A animação Acorda, Carlo!, que estreou sem muito alarde, conseguiu apenas 8,5 milhões de horas na plataforma. E a comédia B.O., protagonizada por Leandro Hassum, teve 15,3 milhões de horas.
Já Chiquititas, que havia sido a produção brasileira mais vista no semestre anterior, perdeu seu título para a série policial. A novelinha do SBT, que conquistou uma nova geração de espectadores no streaming, conseguiu mais 117,3 milhões de horas assistidas para seu saldo na plataforma. Foi tempo suficiente para colocá-la em 63º na relação de mais vistos.
Porém, por se tratar de uma trama longa, com mais de 330 horas de duração total, ela não foi tão bem na contagem de s: "apenas" 400 mil clientes viram o folhetim completo no semestre. Ainda assim, é um desempenho notável para uma produção lançada há mais de uma década e que, ao contrário de outros títulos na lista, está disponível apenas no Brasil.
Chiquititas superou, por exemplo, o fenômeno Round 6, que ficou em 64º na lista de séries com mais horas assistidas no segundo semestre do ano ado. Foram 117,1 milhões, 200 mil horas a menos do que a novelinha do SBT --o hit sul-coreano, no entanto, pode ser visto nos mais de 190 países e territórios que contam com a Netflix.
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